"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

31 de maio de 2011

Hauskatzen - Belo

Hoje, brindarei os leitores do blog da Beth com minha história. Incluirei também meu "finado" irmão, o Lindo porque viemos juntos morar aqui na Hauskatzen.
O início da minha vida não lembro, recordo que quando tinha mais ou menos seis meses, fui deixado, com meu irmão, no gatil de uma Associação que cuida de animais abandonados.
Era um lugar muito ruim. Lembro que um cuidador voluntário tentou fazer uma espécie de casinha para os gatos, mas não deu muito certo. Era muito úmido e frio e todos os moradores ficaram doentes. Lindo e eu ficamos pouco tempo lá e assim nossa saúde não ficou comprometida.
Certa tarde, chegaram umas pessoas com uma valise bem grande e entraram no gatil. Coitadas, não era possível um humano ficar em pé lá dentro porque o telhado estava a mais ou menos um metro e meio do chão. O cuidador, que falei antes, estava junto com duas mulheres (uma delas era a Beth) e disse para ela que meu irmão e eu merecíamos sair dali antes de ficarmos doentes. Vapt vupt fomos para dentro da valise. Os outros gatos, ficaram com medo e, não queriam serem pegos. Era um tal de "fuuuuu" prá cá e "fiiiiizzz" prá lá até que mais seis foram capturados.
Dali fomos direto para a casa da Beth e nos trancaram  num quarto. Era bem legal, seco e quentinho. Logo chegou o médico veterinário para nos examinar. Lindo e eu só recebemos vermífugo porque estávamos bem.
éramos assim logo ao chegar
Dos oito que vieram, só quatro sobreviveram. Fomos castrados, Lindo e eu,  mas quase morri, recebi muito anestésico e por pouco não passei para a Ponte do Arco Íris. Sempre fui tranquilo, gosto muito da Beth e sei que sou o "preferido" dela. Já o Lindo, era fujão e terminou morrendo atropelado.
Fazem uns dois anos mais ou menos, a Beth viajou sem nos avisar. Não disse se demoraria e então decidi não comer enquanto ela não voltasse. Falei para os parceiros que faria isso prá comover a Beth. Pois bem, passaram um, dois, três dias e nada de ela voltar. Os amigos diziam, "come Belo, a Beth volta logo"... Mas fiquei muito chateado por ela não ter dito tchau e dado um beijinho no meu focinho. Aí, terminei deprimido e tive aquela doença chamada lipidose hepática felina. Quando a Beth chegou, uma semana depois, eu estava magro e com as mucosas amarelas. Vou contar um segredo da Beth: ela prometeu para todos os gatos da casa que nunca mais deixará um animalzinho que more com ela ser picado por agulhas a não ser nas cirurgias de castração e vacinas. Então quando fiquei doente ela conversou comigo, começou a me obrigar tomar algumas gotinhas de soro caseiro,  no começo, era só um algodão molhado no soro passado na minha boca. Foram mais dez dias sem comer ou beber nada, a não ser o soro caseiro em gotas. Aí, depois de ter gasto umas seis vidas, voltei a lambiscar a água e de repente a ração molhada apeteceu e fiquei bem. Agora, antes de viajar a Beth conversa comigo e fico numa boa!
Gosto de fazer companhia para as meninas da Hauskatzen e elas me adoram, sempre estão ao meu lado.
Fiona e Chata deitadas comigo
Na foto acima é possível perceber quem é o líder!

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