"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

2 de março de 2012

Porta Quase Tudo

Ao iniciar o blog, pretendia falar, nesta ordem, das minhas coisas, panos e pets. Mas atualmente os pets tomaram conta de tudo, da casa, dos panos e principalmente do meu tempo. 
Ontem o calor deu trégua, baixando mais de 10° a temperatura e parece que a inspiração para os panos voltou. Andei procurando desde quarta-feira, por todos os armários, gavetas e sacolas duas caixinhas de alfinete comprados no ano passado. Ontem, sem mais nem menos, uma caixinha "apareceu" (são os mistérios da mansão) e junto com ela estavam alguns pedaços de feltro. 
Tenho muitos vidros guardados e resolvi reunir  material de costura e bordado num só lugar. 
O maior recebeu um fuxicão para colocar alfinetes e agulhas em uso, na tampa. O menor, vidrinho de essência de rum Dr. Oetker, servirá como "guardador" de alfinetes, à prova de sumiço. Também foi ornada sua tampa com um fuxiquinho e uma rosinha de biscuit, feita há muitos anos.
Ah, o prato para sobremesa (ou de pão como aqui falamos) está aí porque serviu de medida para o fuxicão.
 O fuxiquinho foi feito a olho mesmo.
Mimoso, o Nino disse.
O conteúdo: linhas, agulhas, vidrinho com alfinetes, caneta, lápis, caneta permanente, apontador, borracha, clips, dois desmanchadores de pontos, agulha de crochê e uma lixa para unhas que toda crafteira precisa ter à mão
 (tem coisa mais chata que unha prendendo em tecido?).
A janela é da cozinha, logo logo receberá nova cortina!
Close na tampa do vidro e o vidrinho, coisinha mais querida, concordo com o Nino.
Ontem trabalhei na mesa da cozinha e não fui interrompida, 
como acontece no andar de cima.
Lá, agora, apenas a máquina de costura, que é presa no gabinete, caixas transparentes plásticas à prova de gatos,
 onde guardo panos e algumas revistas.
Os gatos tomaram conta de todas as peças, até a Fiona que havia sumido voltou e resolveu ficar longe da Hauskatzen,
 está "tirando guarda" no balcão e, por conta do sumiço, será castrada na próxima semana.
 Independente do cunho religioso, adoro a época que antecede a Páscoa, onde decoro a casa com coelhos, ovos, enfim, meu lado criança aflora e brinco com ambientações "pascoalinas" como aqui

1 de março de 2012

Republicando - Kity


Depois de colocar widgets no blog ando relendo alguns textos e republico este onde o saudoso Kity foi o narrador. aqui

29 de fevereiro de 2012

Retomando os "panos" a 32°

Nem sei falar direito e já mandaram escrever contando 
como foi a tarde de hoje.
Primeiro apresento-me, sou a Kita, tenho quatro meses, fazem poucos dias que estou aqui na "mansão".
Assim como não sei falar direito,  não sei  escrever bem, mas vou tentar. Que chato, prefiro brincar de cozinhar, 
até já sei ligar o forno ó.
Tá bom, vou falar da tarde horrorosa calorão de 32° no andar superior e a Beth inventou de terminar os "panos" 
que começou no início de janeiro.
Não gosto de assuntos sérios, sou penequi... pequinineca... pequenininha, ôba acertei! Nem sei bem o que são os tais panos mas enfim, ela colocou um monte de coisas sobre a mesa, o Belo e o Francisco acomodaram-se enquanto ela bordava umas borboletas. Aí subi na mesa e logo fui xingada porque joguei a tesoura no chão, então resolvi brincar com o rabo do Belo que não cairia no chão.
O Belo é muito legal, ele só resmunga mas não bate. 
Uia, mas aí resolvi mexer com o Francisco deitado na caixa... que horror, olhem as orelhas dele furioso e chiando como uma chaleira
 e o Belo só olhando.
Cansei de brincar na mesa, fui dar uma volta pela casa, levei alguns corridões dos grandes e não gostei de ficar na Hauskatzen com aqueles bebês da Naná eles são bobinhos, querem comer a ração dos adultos, até entram no prato, que nojo. 
Voltei, dei uma olhada, tudo na mesma o Francisco ainda dormindo na caixa, só mudou de lado.
Aí estão os tais panos agora parece que só faltam os acamab... abaca...acabamentos, à mão.
Belo foi dormir na cadeira e eu vou pro colo da Beth, chega de ficar contando histórias, eu sou crinança...criacinha... criancinha e os outros precisam contar histórias pra mim, tá bom sua exploradora de gatinhos, pensa que não sei o que o Mimi sofre?

28 de fevereiro de 2012

"Wenn Du noch eine Mutter hast..." Se ainda tens mãe

O poema título da postagem, foi escrito por Friedrich Wilhelm Kaulisch, no século XIX.
É composto por várias estrofes, mas transcrevo apenas duas que constam na estampa guardada pela mãe não sei durante quantos anos, mas foi um presente dado por ela para sua mãe.
"Wenn Du noch eine Mutter hast
so danke Gott und sei zufrieden
nicht auff dem Erde rund
ist dieses hohe Glück beschieden

Wenn Du noch eine Mutter hast
dann solst Du sie in Liebe pflegen
das sie derinst ihr müdes Haupt
in Frieden kann zur  Ruhe legen"

É impossível traduzir literalmente pois, assim como as anedotas contadas em alemão, se traduzidas para o português perdem a graça, os poemas perdem o sentido.
Mas, um breve resumo em tradução livre do tema, seria a gratidão à Deus e a alegria por se ter uma mãe, pois muitas pessoas não as têm e então quem tem pode considerar-se "sortudo". Aqueles que as têm devem envolvê-las em amor e cuidarem que às mães quando cansadas, ou velhas, em paz possam ficar.
A postagem de hoje é uma espécie de elegia para minha mãe, pois estou aos poucos percebendo ter dado pouco valor aos seus sentimentos em seu último ano de vida.
Por exemplo, perguntou-me várias vezes onde estava a sua "caixa das cartas" e a "caixinha das medalhas" e as "faixas de campeã" do bolão, assim como o poema e apenas respondia, devem estar "lá em cima" guardadas, mas não tive a sensibilidade de perguntar se ela gostaria de vê-las.
Mãe, aí está tua caixa de cartas das amigas     
uma carta da tua querida amiga Thea, 
escrita na Alemanha no pós guerra.
Esta querida amiga, que desde a infância até adolescência juntas estiveram e a segunda guerra mundial separou, quando o pai da Thea, imigrante, resolveu voltar com a família para a Alemanha por estar sendo perseguido no Brasil, por ser alemão. A troca de cartas continuou até o ano de 2002, quando se perdeu o contato com ela.
Junto com cartas das amigas encontrei um bilhete do pai quando eram noivos, três meses antes do casamento, 
ele demonstrando saudades pois não se viam há "catorze horas".
E aqui está a "caixinha das medalhas",
conquistadas por mérito dos treinos, todas as segundas-feiras à noite, no "Grupo Sempre Alegre" (lembrei  do hino do grupo: "Sempre Alegres e unidas todas juntas vamos ser , Sempre alegres e unidas pela glória do bolão vamos vencer) treinos que renderam inclusive uma medalha por "Maior Frequência", e eram sagrados.
Campeã, no município em 1957.
Campeã Estadual em 1961.
E aqui as duas faixas de "Campeã Estadual" em 1961 e 1963.
Então queridas filhas e filhos, tenham a sensibilidade, por mais cansados, estressados ou sem tempo que estejam, prestem atenção naquilo que suas mães e também pais dizem. Façam esforço para entenderem as entrelinhas, perguntem se querem ver as "caixinhas", "medalhas" e "faixas" mesmo que materialmente nada signifiquem. 

26 de fevereiro de 2012

Partenogênese felina é possível?

Estou me refazendo do desmaio que tive quando contaram o que aconteceu na "mansão" anteontem. Sabem, mora aqui uma gata semi selvagem que a Beth acolheu quando conseguiram "caçá-la" sobre um telhado.
 É a Katy Lu. Desde que veio para cá, sempre morou sobre o roupeiro no quarto da sacada.
Esta poltrona, onde está sentada, fica na sacada e ali ela passa várias horas do dia, quando não chove. Ainda não foi castrada porque ninguém consegue colocar a mão, parece um peixe molhado. 
Amizade, só tem com a Bina, que é uma cachorrinha. Quando Katy Lu entra no cio a Bina fica junto dela, até simulam cópula, mas gatos e gatas  não admite que se aproximem.
No inverno  vai para a sala, deita na cadeira de balanço, mas jamais saiu de dentro de casa, principalmente por não ser castrada.
Mas, nós gatas somos muito inteligentes - ops, esqueci de apresentar-me, sou Amiga uma gata bonachona, linda e gorda - ah, sim, voltando à inteligência das gatas, fazendo as contas, Beth lembrou que viajou dia quatro de janeiro e retornou dia sete de janeiro. Nesse período, quem "cuidou" de nós foi Ana e não deve ter se dado conta que a Katy Lu estava na sacada, fechou a porta e coitadinha deve ter ficado fora.
Nesse caso pode um gato ter subido pela árvore, ou ela descido e o namoro aconteceu. 
É a única hipótese para o ocorrido pois não tenho conhecimento que nós felinas possamos procriar por partenogênese
A Beth é muito cuidadosa conosco quando sai de casa. Sexta-feira foi para a cidade onde mora o nosso sobrinho humano, o G,  para uma rápida visitinha e ontem retornar. Ao fechar a porta da sacada, não viu a Katy Lu e então chamou, procurou na sala, voltou para o quarto e aí pensou que a gatinha safada pudesse estar dormindo dentro do roupeiro pois ele está desativado.
"Voilà" (gosto de exercitar meu francês), vejam o que aconteceu, três gatinhos surgiram debaixo da Katy Lu. 
Assim como eu, Beth quase desmaiou com o que viu.
Mas, como ela diz, filhotes sempre são uma alegria 
e enquanto o sistema reprodutivo está em ordem, 
não se usa anticoncepcionais e se deseja ter filhotes as oportunidades aparecem. Acho que Katy Lu desejava.
Ela e os bebês estão bem, um é todo amarelo, outro é amarelo e branco e o terceiro é de três cores , preta, amarela e branca.
Não sei se é verdade, mas Beth falou que a Katy Lu está até ronronante, talvez fique civilizada e conviva conosco. 
Outro dia conto minha história.